AEM/MS realizou o projeto Multiplicadores em Educação para o Consumo Sustentável em escolas da Capital
O projeto Multiplicadores em Educação para o Consumo Sustentável, ocorreu em Campo Grande no período de 16 a 18 de outubro nos colégios Oswaldo Tognini, Colégio Liceu e Escola Municipal Eduardo Olímpio Machado.
O projeto que foi criado em 2000 tem a finalidade de formar multiplicadores dos conceitos de educação para o consumo, aptos a disseminar esse conhecimento à toda sociedade. O evento contou com o apoio do Procon/MS, SESC e coordenadores do Inmetro/RJ e Superintendência do Rio Grande do Sul que proferiram palestras acerca de saúde, segurança, direito do consumidor, meio ambiente, ética e publicidade no consumo.
Segundo a gestora do projeto em MS, Kátia Facina “o resultado foi positivo, tendo em vista a satisfação e as ações demonstradas pelos formados no final de cada dia. O que mais chamou atenção foi que ao final do evento as crianças demostraram que já estavam contribuindo para o planeta, entregando aos monitores por iniciativa própria, o papel das balas que haviam recebido no final do curso, haja visto que na escola não havia um cesto de lixo na sala de treinamento.”
O Diretor Presidente, Sergio Maia Miranda, enfatizou que “a finalidade desse projeto é estimular o cidadão, e nessa edição especial voltada para crianças e adolescentes, os mesmos foram contemplados tendo a oportunidade de aprender a ser consumidores mais atentos sobre seus direitos e deveres.”
Além das palestras, os alunos tiveram o acompanhamento de técnicos da AEM/MS em visitas aos supermercados da capital, onde foram orientados com noções de peso, medida e volume; a importância em dar atenção aos produtos embalados na ausência do consumidor e ao selo de avaliação da conformidade em produtos como brinquedos, capacetes, material escolar, entre outros.
A instituição que queira conhecer o projeto e formar multiplicadores, poderão contatar a AEM/MS pelo número: 3317-5759.
Gestora do Projeto Multiplicadores MS concede entrevista à Corrente do Bem - RS.
Iniciativa de Luiza Baleeiro, a Corrente do Bem é um grupo de servidores públicos da Superintendencia do Inmetro do Rio Grande do Sul, onde juntos levam amor, esperança e alegria a muitas famílias necessitadas. Para conhecer mais entre:
www.correntedobem.ning.com
"Sempre acreditei que o desenvolvimento deve andar de mãos dadas com o meio ambiente. Afinal, a sustentabilidade deve ser buscada em todos os setores, inclusive no de infraestrutura.” Deputado Edson Giroto.
O Deputado Edson Giroto assumiu nesta sexta - feira (22/10/2011), a coordenação da Frente Parlamentar Ambientalista pelo Centro-Oeste, nos alegramos ao ver que pessoas tão importantes, e respeitadas como o Deputado Giroto, se preocupam com o meio ambiente, e abraçam esta causa de mãos dadas com o Projeto Multiplicadores Consumo Sustentável.
Cássia D´Aquino é educadora com especialização em educação infantil, autora de artigos e livros sobre educação financeira. É criadora e coordenadora do Programa de Educação Financeira em inúmeras escolas do País e Corresponding Member da IACSEE- International Association for Citizenship, Social and Economics Education, organização com sede na Inglaterra.
Também representa o Global Financial Education Program no Brasil, iniciativa voltada para a população de baixa renda em todo o mundo, além de integrar a Rede de Trabalho do Projeto Criança e Consumo. “O que importa é a formação de ligações de elos e convicções que mantêm a vontade em mostrar que dá para consumir de uma forma diferente, e é por isso tudo que se luta todos os dias”, comenta a especialista sobre a importância de se relacionar com diversas instituições que buscam estudar os impactos do consumo.
Você acha que as crianças hoje estão muito consumistas? E porque isso acontece?
Eu acho que o mundo está consumista, sobretudo o mundo ocidental. Nas famílias que vivem em centros urbanos, em que pai e mãe trabalham fora, todos acabam se encontrando de maneira mais demorada apenas nos finais de semana e então aproveitam para ir a shopping, restaurante, alugar um DVD, ou seja, quase sempre o consumo está envolvido nessa companhia. E assim, desde pequenos, os filhos associam o prazer da convivência com os pais ao consumo e isso piora ao longo do tempo, pois a criança cresce e continua indo ao shopping e consumindo. As crianças sempre quiseram tudo, o que mudou é que agora os pais cedem com mais facilidade. Essa é a novidade.
Mesmo que a criança tenha contato com o dinheiro, seja com a mesada ou conversa com os pais, isso garante que ela esteja sendo educada para o consumo?
A semanada ou a mesada é apenas uma parte dessa educação financeira. A educação financeira inclui a criança aprender a gastar o dinheiro dela, assim como a fazer escolhas com esse dinheiro. E a educação financeira mais completa tem o objetivo de dar opção de escolha para as pessoas.
Qual a idade adequada para introduzir esse assunto?
Cada vez mais cedo as crianças têm se deparado com uma frase que funciona como um passaporte para esse momento : é o pedido para que comprem alguma coisa para elas. Esse primeiro “COMPRA” quer dizer que a criança já entendeu o básico da história do consumo, ou seja, ela já entendeu que existem coisas que são compráveis, que existe dinheiro, e esse dinheiro serve para adquirir coisas divertidas, coloridas e gostosas. Isso acontece geralmente por volta dos dois anos e meio, dois anos e 8 meses e, com essa idade elas mal falam, mas já entenderam que para ter certas coisas é preciso comprar. Esse é o momento em que os pais têm de se dar conta que está na hora de começar a encaminhar de forma mais didática a educação financeira dessa criança. Não é uma bronca nem um sermão nem algo que dure um fim de semana. É um processo que vai durar 20 anos, como qualquer outro tipo de educação.
O que você acha mais importante que uma criança aprenda sobre o dinheiro?
O fundamental é que todo ganho e todo uso deve ser regido pela mais estrita ética. É o ponto base, a partir do qual tudo começa a ser desenvolvido.
Quais dicas você poderia dar para que, desde cedo, os pais eduquem financeiramente os filhos?
A primeira orientação é: você quer ter filhos responsáveis e bem educados em relação ao consumo? Então trate de ser você um modelo para isso. Tantas vezes os pais querem que os filhos tenham um determinado comportamento, e no dia a dia eles mesmos têm um comportamento completamente diferente. Aquele famoso “faça o que eu falo e não o que eu faço” não leva a canto nenhum. Isso não quer dizer que os pais que não se organizam em relação ao dinheiro e ao consumo terão filhos condenados a consumir sem reflexão. A questão não é tão mecânica assim. Existem muitos pais que cresceram ser ter essa noção de dinheiro e consumo e que conseguem esclarecer isso para os filhos, dizendo: “Olha, eu cresci em um país diferente, outro tempo, outra moeda, era tudo diferente, e eu percebo no meu dia a dia como não ter aprendido sobre esse assunto faz diferença. Por isso eu gostaria que aqui em casa com você fosse diferente...Eu vou me esforçar para que você possa lidar com o dinheiro de uma outra forma”. Esse anúncio das próprias dificuldades aproxima muito pais e filhos, pois faz os filhos perceberem que os pais também são humanos.
Como você acha que a sua formação e seu trabalho se complementam e se relacionam com o Projeto Criança e Consumo?
Acho que tem total relação. São trabalhos completamente conectados na intenção , nos objetivos e na maneira como se encaminha o discurso, sem ser moralista e carregado de princípios, mas compreendendo que é um processo delicado e que se deve buscar conhecimento e compreensão, levando em conta a dificuldade que as pessoas tem em entender esse assunto. É um trabalho de longo prazo. O Projeto Criança e Consumo é uma bandeira insistente no sentindo de dizer que é possível que as coisas sejam diferentes, é possível consumir de outra maneira, assim como é possível levar as crianças a consumir de outra forma também. Mas não devemos esquecer que temos que estar à disposição de promover isso.
Conheça o site Educação Financeira, de Cássia D´Aquino
https://www.educacaofinanceira.com.br/
Leia reportagem do Jornal Valor Econômico sobre o tema da educação financeira nas escolas https://www.valor.com.br/arquivo/898807/educadores-debatem-publicidade-e-consumo-para-o-publico-infantil
Fonte: https://www.alana.org.br/CriancaConsumo/NoticiaIntegra.aspx?id=8367&origem=23
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